O município e o Hospital de Pomerode, HMRT, localizados Santa Catarina escolheram o sistema SALUS (Solução Completa para Centros de Urgência no Acolhimento, Triagem, Classificação de Risco e Atendimento Médico) para qualificar o atendimento de seus cidadãos e pacientes. Veja a matéria:
HMRT adotará novo protocolo de acolhimento e classificação de risco no Pronto Socorro.
O novo protocolo de Acolhimento e Classificação de Risco utilizará cinco cores para definir o grau de prioridade de atendimento
Publicado em 23/01/2020 por Jornal de Pomerode / Saúde – Foto: Raphael Carrasco/JP
O Hospital e Maternidade Rio do Testo de Pomerode em parceria com a Prefeitura Municipal de Pomerode através da Secretaria Municipal de Saúde informam que a partir dia 03 de fevereiro de 2020 será implantado um novo sistema de atendimento na unidade de Pronto Socorro no Hospital, o Protocolo Classificação de Risco.
O sistema de classificação de risco busca dar um atendimento em menor tempo aos casos de maior gravidade, melhorando o atendimento do serviço o bem estar e saúde a toda a comunidade.
De acordo com o administrador do HMRT Frank Volkmann, “você é o primeiro a chegar em um estabelecimento, mas, de repente, alguém que chega depois de você é atendido na sua frente. Qual seria seu sentimento? De indignação, provavelmente. Este talvez seja o sentimento que você teria na fila de um banco ou na fila do cinema. Porém, quando se trata de saúde, a ordem de chegada nem sempre vai importar. É fundamental que a população se conscientize sobre isso, ela precisa respeitar essa classificação, pois o objetivo é melhor atender urgências e emergências, que a prioridade do hospital é salvar vidas, complementa ainda, a população que precisa do atendimento no hospital deve estar consciente de que, dependendo da situação, ela poderá não ser atendida de imediato e nem na ordem de chegada. Após avaliação da enfermagem, ela recebera uma etiqueta que determinada à cor indicando seu grau de prioridade”.
Este protocolo está alinhado com as orientações do Ministério da Saúde (Portaria MS 2048/2002), e visa também deixar mais claro o tempo de espera para o atendimento. A Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde preconiza colher a demanda por meio de critérios de avaliação de risco, garantindo o acesso referenciado aos demais níveis de assistência. Espera-se com a implantação do Acolhimento com classificação de risco no Pronto Socorro, a melhoria do acesso aos usuários, mudando a forma tradicional de entrada por filas e por ordem de chegada e mudança das relações entre profissionais de saúde e usuários no que se refere à forma de escutar esse usuário em seus problemas e demandas.
A fim de orientar os pacientes e acompanhantes, nas dependências do Pronto Socorro serão expostos painéis em locais visíveis a todos, informando sobre a sequência inicial do atendimento, que envolve admissão, classificação de risco e atendimento médico. Quanto à classificação de risco, esta utilizará cores, que definirão o grau de prioridade e o tempo de espera, organizando melhor também todo o processo de atendimento.
O novo protocolo de Acolhimento e Classificação de Risco utilizará cinco cores para definir o grau de prioridade de atendimento: Vermelho, Laranjado, Amarelo, Verde e Azul:
• Vermelho (emergência): para pacientes graves que necessitam atendimento imediato.
• Alaranjado (muito urgente): para pacientes que necessitam ser atendidos o mais breve possível em até 10 minutos.
• Amarelo (urgência): para pacientes que necessitam ser atendidos em até 50 minutos.
• Verde (pouco urgente): para pacientes que se refere a atendimentos de pouca urgência com atendimento que podem acontecer em 120 minutos.
• Azul (não urgente): para pacientes de baixa complexidade que podem aguardar mais pelo atendimento que podem acontecer em 240 minutos.
Os pacientes classificados com a cor azul podem ser encaminhados para atendimento nas Unidades Básicas de Saúde do Município, já que não representam risco iminente de morte.
Ainda segundo as informações, apesar do incentivo para que as pessoas procurem as Unidades de Saúde, as pessoas ainda procuram o Hospital para atendimento não emergencial. “Cerca de 90% dos usuários que procuram o hospital não é demanda para atendimento em um hospital, é demanda para atendimento na rede básica, que muitas vezes não é utilizada pela população. O hospital está estruturado para urgência e emergência, aqueles que têm risco de vida.”, apontou o diretor.
O Protocolo de Classificação de Risco foi elaborado com o objetivo de priorizar o atendimento ao paciente conforme seu risco clínico e não por ordem de chegada. De acordo com a Gerente de Enfermagem Gisele Sens, este processo de triagem a partir dessa modificação, será realizado por um profissional de enfermagem com a devida capacitação para atender aos requisitos desse novo protocolo, otimizando o fluxo e a identificação das necessidades emergenciais.
Ultrapassado o tempo previsto sem que o atendimento aconteça e havendo sensação de piora dos sintomas, o paciente pode ser reavaliado e reclassificado caso seja constatado o agravamento de seu quadro clínico.