Conforme Manual publicado pela Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), a qualidade da Saúde no Brasil, possui alguns desafios. O principal deles é adequar a qualidade à sua sustentabilidade.
De acordo com esse Manual, não basta mais construirmos operações de alto desempenho, esperando que o retorno financeiro seja um diferencial. Atualmente ele já é uma condição do sistema. Existe uma busca incansável por resultado, para se continuar existindo.
O relatório divulgado pela OCDE, em 2017, classifica grande parte dos gastos em saúde como “na melhor das hipóteses ineficaz e na pior, um desperdício”.
Neste mesmo relatório, ela ressalta que 30% dos recursos são perdidos em gastos indevidos, retrabalho ou cuidado de baixo valor.
Já, outra pesquisa, realizada em 2020, identifica que havendo a correção das falhas no sistema de saúde brasileiro, o potencial de ganhos assistenciais poderia chegar a R$ 38,9 bilhões. Para se ter uma ideia, esse valor representa quase 25% do orçamento do Ministério da Saúde para 2022. Mas, o pior não são as contas.
As mais graves consequências da falta de qualidade são sentidas na assistência. O relatório da União Europeia, Expert Panel on Effective Ways of Investing in Health (Exph), identifica que um a cada três pacientes não recebe a atenção necessária. E o II Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, relata que, aproximadamente, “30% a 36% dos óbitos determinados por eventos adversos graves”, poderiam ter sido prevenidos.
Deve-se destacar que a maioria dos erros assistenciais são causados pela deficiência nas estruturas operacionais e não, por atos individuais
Os erros no cuidado com a saúde mais acontecem por falhas nos sistemas concebidos do que por profissionais irresponsáveis.
Na publicação do Institute of Medicine dos EUA, To Err is Human, eles mostram que “o erro é um ato não intencional de natureza humana”, o qual, infelizmente, vai acontecer de qualquer maneira. Por isso, pensando na segurança do paciente, faz-se necessário a construção de sistemas “à prova de” imperícias, imprudências e negligências. Dizem ainda, que os responsáveis pela qualidade nos processos – e pelas consequências da sua falta, são as Instituições e os seus respectivos Gestores.
Conforme a Joint Commission International (JCI), as Metas Internacionais de Segurança do Paciente, são:
- Identificar o paciente corretamente
- Melhorar a comunicação entre os profissionais envolvidos na assistência
- Melhorar a segurança dos medicamentos para prevenir erros
- Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto
- Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde
- Reduzir danos ao paciente decorrentes de quedas
Fonte: JCI
Fonte: Desafios de Qualidade em Saúde no Brasil (anahp)
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