O Metaverso e a Saúde

As tecnologias de realidade aumentada, virtual e estendida, provocarão uma disrupção no setor da Saúde.

O Prontuário Eletrônico, a Cirurgia Robótica e a Telemedicina são alguns exemplos da transformação pelo qual o setor da Saúde tem passado nos últimos anos, e vimos esse processo ter sido acelerado ainda mais, com o advento da Pandemia. Por isso, novos desafios surgiram para as empresas desse segmento, ocasionando investimentos em inovação e adotando novos recursos tecnológicos.

E o Metaverso… O que é? Já é uma realidade?

Antes vamos entender um pouco sobre o Metaverso. Resumidamente ele é um mundo virtual, visto por muitos como a próxima fronteira da Internet, que pode revolucionar diversas áreas, do entretenimento à saúde, utilizando a interação dos usuários. Este é um ambiente imersivo construído a partir da união das tecnologias de realidade virtual (VR), realidade estendida (XR) e realidade aumentada (AR).

Alguns profissionais da saúde podem achar o conceito distante da sua realidade atual, mas o FDA (Food and Drug Administration) dos EUA possui um programa dedicado à realidade médica estendida (MXR), termo que se refere às ferramentas do Metaverso no setor de Saúde.

Por causa dessas iniciativas, tais tecnologias já estão sendo utilizadas na área médica, mas geralmente restritas aos hospitais mais renomados. Diversos procedimentos cirúrgicos já utilizam a robótica médica, porém algumas cirurgias mais complicadas estão sendo configuradas para utilizarem a realidade aumentada (RA), como no trabalho publicado no “Journal of Neurosurgery Spine”, onde cirurgiões da Johns Hopkins inseriram seis parafusos na coluna vertebral de um paciente, utilizando essa tecnologia.

De acordo com José Marcelo de Oliveira, diretor-presidente do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, “essas inovações já demonstram resultados e têm forte potencial de transformação”.

Para finalizar, respondendo a pergunta anterior, o Metaverso não é um robô ou inteligência artificial. Nem uma estação de realidade estendida ou outra expansão da ciência de dados. Nem, tão pouco, uma nova Internet. Ele é tudo isso junto e sem aviso prévio.

Diante disso, cabe relembrarmos da explicação dada por Eric Schmidt (ex-CEO Google) sobre a Internet: “ela é a primeira coisa criada pela humanidade que a humanidade não entende; é o maior experimento anárquico que já se viu, com todos os dias improvisando avanços”.

Fonte: Época Negócios, O Estadão, Saúde Business

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