Na década de 1970, a ONU (Organização das Nações Unidas) oficializou essa data comemorativa. Com isso, ela buscou ressaltar uma luta histórica das mulheres para terem condições equiparadas às dos homens.
Inicialmente, a data reivindicava a igualdade salarial, mas hoje, também pede a igualdade de gênero, relembra as mulheres que foram vítimas de violência e aborda temas como a descriminalização do aborto, feminicídio e assédio sexual.
Sua origem se deu devido a um incêndio ocorrido em Nova York, no dia 25 de março de 1911. Onde foram vitimadas 146 pessoas (125 mulheres e 21 homens). Considera-se essa tragédia um dos marcos para o estabelecimento do Dia das Mulheres, mas a data não foi criada somente por influencia desse acontecimento, mas sim por décadas de engajamento político pelo reconhecimento dessa causa, tais como: uma grande passeata ocorrida em 1909, com cerca de 15 mil mulheres, pedindo melhores condições de trabalho; o II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas de 1910 e a greve do dia 08 de março, em 1917, na Russia, das mulheres trabalhadoras do setor de tecelagem.
Estudos comprovam que ainda hoje as mulheres sofrem com a desigualdade no mercado de trabalho em relação aos homens. A presença das mulheres ainda é menor do que a dos homens, uma vez que dados de 2018 apontam que, no mundo, apenas 48% das mulheres maiores de 15 anos estão empregadas – para os homens, esse número é de 75%.
Atualmente, menos de 70% dos homens concordam com o fato de que muitas mulheres preferem trabalhar a ficar em casa cuidando de serviços domésticos. As mulheres ainda sofrem prejuízos no mercado de trabalho por engravidarem, uma vez que o número de mulheres que abandonam o seu trabalho por conta de seus filhos chega a 30%, enquanto que somente 7% dos homens abandonam seus empregos pelo mesmo motivo.
Para agravar ainda mais essa situação, metade das mulheres que engravidam perdem seus empregos quando retornam da licença-maternidade e ainda, em pleno século XXI, existem aqueles que defendem que mulheres devem ganhar menos, simplesmente por poderem engravidar. Isso, inclusive, é uma realidade no Brasil, pois as mulheres recebem, em média, 20% menos que os homens.
Todas essas estatísticas demonstram como o preconceito de gênero prejudica as mulheres no mercado de trabalho. As mulheres, no entanto, não têm a sua vida prejudicada somente no mercado de trabalho, uma vez que a violência de gênero, o abandono que muitas sofrem de seu parceiro durante a gravidez e os assédios são realidades que muitas sofrem.
Por isso, o dia convida para uma reflexão a respeito de toda a desigualdade e a violência que as mulheres sofrem no Brasil e no mundo. É um momento para combater o silencio que existe e que normaliza a desigualdade e as violências sofridas pelas mulheres, além de ser um momento para repensar atitudes e tentar construir uma sociedade sem desigualdade e preconceito de gênero.
As cores do Dia Internacional das Mulheres são o roxo, verde e branco, de acordo com o site oficial. O “roxo significa justiça e dignidade, o verde simboliza esperança e o branco representa pureza, embora seja um conceito controverso. As cores se originaram da União Social e Política das Mulheres (WSPU, na sigla em inglês) no Reino Unido em 1908″, afirmam.
O tema para 2022 é “Igualdade de gênero hoje para um amanhã sustentável”. Seus eventos vão reconhecer como mulheres ao redor do mundo estão respondendo às mudanças climáticas.
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Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/ ; https://www.istoedinheiro.com.br/ ; https://exame.com/pop/ ; https://pt.wikipedia.org/wiki/ ; https://www.bbc.com/portuguese/