Otimizar o tempo médio de permanência do paciente nos hospitais, essa é uma das vertentes cruciais para se alcançar uma boa gestão hospitalar. A redução da estadia desnecessária aumenta consequentemente o giro de leitos, a capacidade de internações e realização de cirurgias. Este é um dos temas importantes e discutidos dentro dos hospitais atualmente. Quanto mais esse fluxo estiver alinhado com a chegada do paciente, melhor será a otimização dos custos envolvidos e a satisfação do cliente. Um quarto parado significa perda de receita.

 

E, então, você pode perguntar de que maneira a equipe de higiene tem parte na responsabilidade sobre esse fluxo? Tem e muito. Uma limpeza terminal bem realizada, de forma eficiente e rápida, permite maior rotatividade dos quartos, diminuindo as filas de espera dos pacientes, para os mais diversos procedimentos médicos.

 

 

Do que adianta os quartos estarem vazios se não estiverem limpos? De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), infecções hospitalares atingem cerca de 14% dos pacientes internados, além de ser responsável por mais de 100 mil mortes no Brasil todos os anos. Portanto, é primordial que os quartos tenham uma higienização adequada e sem risco de proliferar qualquer vírus ou bactéria.

 

No conceito mais amplo de gestão hospitalar, tornar as tarefas de higienização feitas com base em processos pré-definidos e validados, é um dos pontos de maior importância, embora envolva muitas variáveis e um controle complexo. Parte deste processo envolve a limpeza terminal, que acontece logo após a saída do paciente e compreende a limpeza de superfícies verticais e horizontais com a total desinfecção do mobiliário.

 

E nem sempre foi assim, por muitos anos, os hospitais não se importavam com o fluxo de entrada e saída dos pacientes, não havia controle na organização desses quartos. Não havia uma programação para os médicos darem alta para o paciente, não avisavam a equipe de enfermagem, ou ainda, o paciente permanecia dentro do quarto mesmo com a alta assinada pelo médico, os departamentos não se falavam, gerando de gastos desnecessários para os hospitais.

 

De uns anos para cá, os hospitais começaram a repensar esses fluxos, adequando os processos. Como desafio, é preciso sincronizar a infraestrutura e o corpo clínico, envolvendo áreas como enfermagem, manutenção, higienização, rouparia, nutrição, gerando um custo menor e maior produtividade. Para se ter ideia, um hospital com esse processo alinhado chega a ter um grau de 80% de acerto, economizando em enxoval, refeição sem necessidade, além da liberação do leito entre outros benefícios.

 

Além disso, quando busco mais eficiência no gerenciamento de leitos, elimino desperdícios que encarecem minha operação, proporciona uma maior qualidade assistencial e aumenta a satisfação dos pacientes e familiares. Mas, só é possível chegar nesse resultado uma vez que foi realizado o mapeamento do fluxo do paciente, desde o momento da entrada, até a sua alta. É preciso investir em novas tecnologias e alinhar todo esse processo, o resultado é só uma consequência, vale a pena!

 

Fonte: Artigo Publicado na Revista Hospitais Brasil, edição eletrônica de 19/02/2019, por Maurício Almendro.  
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